DITADURA MILITAR


DITADURA MILITAR NO BRASIL



INTRODUÇÃO 

De 1964 a 1985, o Brasil viveu a Ditadura Militar, uma época em que os militares passaram a governar o país. Esse regime de governo foi chamado de ditadura, pois os governantes não eram escolhidos pela população e quem discordava do governo podia ser preso.
O Congresso Nacional não podia controlar os generais presidentes. Os sindicatos, as universidades e os jornais eram vigiados pela polícia. Em seus 21 anos de duração, o regime militar exerceu uma pressão permanente e sufocante sobre a vida artística e cultural. Proibiu peças de teatro, mutilou canções, censurou filmes, prenderam artistas, escritores, jornalistas, compositores etc.
Sempre houve resistência ao regime: passeatas estudantis, guerrilha urbana e rural, mobilização dos operários, jornalistas, professores, camponeses, donas de casa, políticos e estudantes todos disseram não a ditadura e lutaram bravamente pela abertura política.
Desenvolvimento
Em 31 de março, o então residente do Brasil, João Goulart, foi derrubado por um golpe militar , que contou com setores conservadores da sociedade. Já no dia 9 de abril, a junta militar decretou o AI-5, que dava aos militares o poder de cassas e suspender direitos os direitos políticos, fortalecendo assim o poder dos militares. Vários políticos foram cassados, dentre eles João Goulart, Jânio Quadros, Luís Carlos Prestes, Leonel Brizola, Celso Furtado, estudantes jornalistas e diversas pessoas ligados aos grupos de esquerda.
O governo de Castello Branco ficou marcado por uma política de segurança e desenvolvimento Nacional. No plano internacional, se aliou-se aos Estados Unidos, que chegou a apoiar o regime militar brasileiro, com o objetivo de evitar o fortalecimento das ideias socialistas no país.
Em 1965 foi decretado o AI-2 que determinou a criação de dois únicos partidos políticos: A Aliança Nacional Renovadora (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Em 1966, foi decretado o AI-3 que determinou Eleições indiretas para governador e suspensão de eleições para prefeito de capitais que passou a ser indicado pelo governador.  Ainda em 1966 é decretado o AI-4 que convocava o Congresso para discutir e votar o projeto de uma nova Constituição para o país.
O governo promoveu um crescimento econômico com controle da inflação. Para isso estimulou a entrada de capitais estrangeiro, porém teve que controlar gastos, salários e reduziu os créditos ao setor privado.
Em março de 1967 assumiu o general Arthur da Costa e Silva. Seu governo ficou marcado pelo aumento dos movimentos de oposição e pela violência e repressão policial aos grupos opositores. Em março as tensões se intensificaram com a morte do estudante Edson Luís, que resultou na maior manifestação contra a ditadura no Brasil: A Passeata dos Cem mil, que foi reforçada pelo movimento operário que em 1968 realizaram greves por todo país reivindicando reajuste salarial. Os militares reagiram com uso da força efetuando dezenas de prisões.
Foi nesse mesmo governo que foi decretado o AI-5, baixado a partir do crescimento das manifestações do país, considerado o mais repressor dos Atos, que determinou o fechamento do Congresso, a cassação de direitos e suspensão dos de direitos, como de Habeas-corpus.
A oposição armada era representada por vários grupos de guerrilhas como: Guerrilha do Araguaia, Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), Ação Libertadora Nacional (ALN) e Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). O objetivo desses grupos era o de combater o regime. O governo reprimiu violentamente esses grupos de guerrilhas.
Em 1969, assume o presidente Médici, considerado o mais repressor de todos os governos. Nesse governo foi institucionalizado a Operação Bandeirantes (Oban) e o DOI-CODI Destacamento de Operações e Informações e o Centro de Operações  de Defesa Interna.
O governo foi, ainda, marcado pelo “Milagre Econômico” que representou um crescimento da economia brasileira. Porém, esse milagre não beneficiou todos os brasileiros, uma vez que o foi responsável pela concentração de renda e do custo de vida, além do aumento da desigualdade social.
Foi marcado também  vários slogans como: “Brasil, Ame-o ou deixe-o”, com a conquista do tricampeonato foi elaborado o slogan: “Ninguém  Segura este País” e “Este é um país que vai pra frente.
Já o governo de Geisel foi marcado pela abertura política de forma Lenta, gradual e Segura. O governo começou autorizando a propaganda política, mas com a vitória da oposição, em 1976, o governo cria a Lei Falcão, que estabelecia que só o rosto do candidato e um pequeno currículo poderiam aparecer nas campanhas feitas na televisão. Em 1977, o MDB denunciou o o desaparecimento de opositores e criticou a falta de liberdades democráticas. Alegando que a oposição colocava em risco a governabilidade do país, Geisel lançou o Pacote de Abril, que de terminava o Fechamento do Congresso, o aumento do mandato do presidencial de 5 para 6 anos e que um terço dos senadores fossem eleitos a pelo voto indireto. Uma serie de greves passaram a pressionar o governo, que culminou com a revogação do AI-5 por Geisel.
O governo de João Batista de Figueiredo foi marcado pela Lei da anistia que concedia perdão políticos aos opositores da ditadura acusados de crimespolíticos. Ainda nesse governo ocorreu a abertura para a criação de vários partidos políticos. Em 1979 o governo autorizou o Pluripartidarismo. Vários partidos passaram a existir dentre eles: PDS, PMDB, PP, PTB, PT dentre outro. Outro fato importante foi o surgimento de movimentos políticos conhecidos como Diretas Já, através da participação de trabalhadores, estudantes, intelectuais, jornalistas e diversos setores da sociedade.
Na década de 60, o mundo ocidental viveu uma onda de protestos. Nesse mesmo período várias manifestações político culturais, grande parte delas contra a ditadura militar. Os brasileiros enfrentaram e muitas vezes enganaram a censura, usando da música, teatro, televisão e a moda, que serviram de maios utilizados para contestar a repressão política e econômica.
O Cinema Novo, que criticou a realidade brasileira, que teve como seu principal representante, o cineasta Glauber Rocha. O Teatro Oficina, o teatro de Arena e o (CPC) Centro Popular de Cultura, da UNE foram alguns dos meios usados contra a ditadura com o objetivo de conscientizar politicamente as classes trabalhadoras. A música de protesto também foi utilizada como instrumento de protesto contra a ditadura militar.

CONCLUSÂO

A Ditadura Militar é uma época que não vai deixar saudades, pois muitos  brasileiros foram prejudicados. Onde as Forças Armadas tomaram conta do nosso país. Foi uma época onde tinha muitas perseguições policial e militar.  Onde a censura com seus meios prejudicaram a liberdade de expressão dos brasileiros. Foi, também uma época, é bem verdade crescimento. Porém, com concentração da renda nas mãos de poucos.Essas são algumas das "seqüelas" da Ditadura Militar. Uma parte Muito triste da nossa historia, mas NAO PODEMOS IGNORÁ-LA. É preciso conhecer para poder emitir uma opinião sobre este período. Chegamos a uma conclusão:  Militarismo nunca mais!!

Comentários

  1. Resumo do livro "Estudar história"
    Autor: Patricia Ramos Braick
    Editora: MODERNA
    Ano de Edição: 2011
    Nº de Páginas: 248

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