Renascimento
RENASCIMENTO
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Dá-se o nome de Renascimento (ou Renascença) ao movimento de
renovação intelectual ocorrido na Europa dentro da transição do feudalismo para
o capitalismo. Na realidade, não se pode entender o Renascimento como limitado
às Artes e às Ciências, mas sim como uma mudança nas formas de sentir, pensar e
agir em relação aos padrões de pensamento e comportamento vigentes na Idade
Média.
O Renascimento exprime sobretudo os novos valores e ideais da
burguesia, classe ascendente na transição para o capitalismo. Uma das
principais características do Renascimento é o Humanismo, interpretado
comumente como sinônimo de antropocentrismo ou valorização do ser
humano. O verdadeiro sentido do humanismo renascentista, porém, era o estudo
de Humanidades, isto é, da língua e literatura antigas. Humanistas foram
Erasmo de Rotterdam (o :”Príncipe dos Humanistas”, autor do “Elogio da
Loucura”), Thomas More (autor de “Utopia”)
FATORES DO RENASCIMENTO
FORAM FATORES DO RENASCIMENTO:
O Renascimento Comercial e Urbano da Baixa Idade Média, que
alterou os valores da época feudal e favoreceu um maior intercâmbio
intelectual. O mecenato, isto é, a proteção aos escritores e artistas,
que muito estimulou o movimento renascentista. Os primeiros mecenas pertenciam
à burguesia, mas houve também papas, reis e príncipes que praticaram o
mecenato. A burguesia fazia-o como forma de investimento financeiro ou para
adquirir status; os governantes, porém, tornavam-se mecenas com o
objetivo de aumentar seu prestígio e, conseqüentemente, legitimar
o novo poder que estavam implantando: o absolutismo. a influência das
civilizações bizantina e sarracena (árabe), que contribuíram para
intensificar na Europa Ocidental o interesse pela cultura clássica. A invenção
da imprensa, que permitiu uma maior divulgação das novas idéias. a própria
transição do feudalismo para o capitalismo, da qual decorrem o Renascimento
e as mudanças culturais.
Há
uma estreita relação entre Renascimento Cultural e prosperidade econômica. Portanto,
o berço do
movimento
renascentista somente poderia ser a Itália, onde se localizavam os
principais centros mercantis
e
financeiros da Baixa Idade Média, conseqüentemente, lá haveria melhores
condições para o mecenato.
Quando,
porém, a Expansão Marítima deslocou o eixo econômico europeu para o Atlântico,
o
Renascimento
Italiano entrou em decadência, ao mesmo tempo em que florescia em Portugal,
Espanha,
França,
Inglaterra e Holanda. Além do maior desenvolvimento econômico, outros fatores
contribuíram
para
que a Renascença se iniciasse na Itália:
·
interesse dos príncipes italianos em
legitimar seu poder político, geralmente obtido através de usurpação;
·
maior tradição clássica, representada
pelos monumentos romanos e gregos (este últimos na antiga Magna Grécia, isto é,
no Sul da Itália);
·
maior influência bizantina, devido ao
contato comercial direto com Constantinopla, cujos intelectuais emigraram em
grande número para a Itália quando os turcos tomaram aquela cidade, em 1453;
São
considerados pré-renascentistas os italianos:
· Dante Alighieri (1265
- 1321), autor da “Divina Comédia”,
· Giovanni Baccaccio (1313
- 1375), autor do “Decameron”,
· Francesco Petrarca (1304
- 1374), precursor dos humanistas do Renascimento e autor de
“Sonetos”
PRINCIPAIS RENASCENTISTAS
É
muito grande o número de artistas, escritores e cientistas que se
celebrizaram
durante o Renascimento. Os mais importantes foram:
· na Pintura: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e
Ticiano, na
Itália; El Greco, na Espanha.
· na Escultura: Michelangelo e Donatello, na Itália.
· na Arquitetura: Bramante, na Itália.
· na Literatura: Camões, em Portugal; Cervantes, na Espanha;
Rabelais e Montaigne, na França;
Shakespeare, na Inglaterra.
· na Astronomia: Copérnico, na Polônia; Kepler, na
Alemanha; Galileu, na Itália.
· na Medicina: Vesálio, em Flandres; Paré, na França; Servet,
na Espanha; Harvey, na Inglaterra.
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