Roma Antiga
ROMA ANTIGA
Entre os principais povos que
ocupavam a Itália Antiga, destacam-se os:
· Italiotas - chegaram à
península Itálica por volta de 2000 a.C. e ocuparam a Itália
central. Esse povo subdividia-se
em tribos, como a dos latinos, dos volcos, dos équios,
dos úmbrios, dos sabinos, dos
saminitas etc.
· Etruscos - chegaram à
península Itálica por volta do século VIII a.C. e ocuparam
inicialmente a região da Itália
central, entre os rios Arno e Tibre. Posteriormente,
expandiram seus domínios para o
norte (até a planície do rio Pó) e para o sul (até
Campânia).
· Gregos - chegaram também
por volta do século VIII a.C. com o movimento da
colonização grega. Ocuparam a
parte sul da Itália diversas colônias, conhecidas em seu
conjunto como Magna Grécia.
ORIGEM E
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
As pesquisas históricas indicam
que o nascimento de Roma está ligado às tribos italiotas dos sabinos e latinos,
que se instalaram na região do Lácio. Aí fundaram várias aldeias. Entre elas,
Roma. Entretanto, foi somente sob o domínio dos etruscos, em seu movimento de
expansão, que a primitiva aldeia romana foi transformada em cidade. Foram os
etruscos que instituíram a primeira forma de governo em Roma: a monarquia.
A história política de Roma é
dividida, tradicionalmente, nos períodos;
ROMA
· Monarquia (753 - 509 a.C.) -
período em que Roma era uma pequena cidade sob a
influência dos etruscos.
· República (509 - 27 a.C.) -
período durante o qual desenvolveu suas instituições sociais e econômicas e
expandiu seu território, tornando-se uma das maiores civilizações domundo
antigo.
· Império (27 a.C. - 476 d.C.)
- período em que Roma enfrentou inúmeros problemas
internos. A combinação desses
problemas levou a civilização romana à decadência.
A LENDA DA LOBA
E OS DOIS GÊNIOS
Uma antiga lenda, relatada pelo
poeta romano Virgílio, conta que Roma foi fundada por dois irmãos gênios,
Rômulo e Remo. Eles eram netos do rei Numitor, de Alba Longa, cujo trono fora usurpado
por Amúlio. De posse do trono, o usurpador ordenou que Rômulo e Remo,
recémnascidos, fossem colocadas dentro de um cesto e lançados nas águas do rio
Tibre. Levado pela correnteza, o cesto navegou rio abaixo, encalhando junto ao
monte Palatino. Ali os dois irmãos foram encontrados por uma estranha loba, que
os amamentou. Posteriormente, um pastor chamado Fautolo acolheu as duas
crianças e deu-lhes sua guarda e educação. Quando adultos Rômulo e Remo reconquistaram
o trono de Alba Longa para seu avô. Receberam então, permissão par fundar Roma
na região onde a loba os havia encontrado. Por ocasião da fundação da cidade,
surgiu uma intensa disputa entre os dois irmãos para definir quem reinaria.
Rômulo matou Remo passando a reinar na cidade, fundada em 753 a.C. Do nome
Rômulo deriva o termo Roma.
MONARQUIA
INÍCIO DA
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-SOCIAL
Por volta do século VII a.C., os
etruscos impuseram seu domínio aos italiotas e a aldeia
romana tornou-se uma cidade. Ao
adquirir características de cidade, Roma iniciou um processo de organização
político-social que resultou na Monarquia.
POLÍTICA: AS
INSTITUIÇÕES
Durante a monarquia, Roma foi
governada por Rei, Senado* e Assembléia Curial.
O rei era juiz, chefe militar e
religioso. No desempenho de suas funções, submetia-se à fiscalização da
Assembléia Curial e do Senado. São conhecidos sete reis romanos: Rômulo, Numa
Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco (a Antigo), Sérvio
Túlio e Tarquínio (o Soberano). Provavelmente deve ter havido muitos outros,
porém não há comprovações históricas. Desses reis, os quarto primeiros eram italiotas
e os três últimos, etruscos. O Senado era um conselho formado por cidadãos
idosos, responsáveis pela chefia das grandes famílias (genos). As principais
funções do Senado eram: propor novas leis e fiscalizar as ações do rei. A
Assembléia Curial compunha-se de cidadãos agrupados em cúrias*. Seus membros
eram soldados em condições de servir o exército. A Assembléia tinha como
principais funções eleger altos funcionários, aprovar ou rejeitar leis e
aclamar o rei.
SOCIEDADE: A
DIVISÃO DE CLASSES
A sociedade romana estava
dividida nas seguintes categorias:
· Patrícios - eram os cidadãos
romanos, grandes proprietários de terras, rebanhos e
escravos. Desfrutavam de direitos
políticos e podiam desempenhar funções públicas no
exército, na religião, na
justiça, na administração.
· Clientes - homens livres
que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos
serviços pessoais em troca de
auxílio econômico e proteção social.
· Plebeus - homens livres
que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e ao trabalho
agrícola. A plebe representava a
maioria da população romana, sendo constituída de
imigrantes vindos, sobretudo, de
regiões conquistadas pelos romanos. Durante o período
monárquico, os plebeus não tinham
direitos de cidadãos, isto é, não podiam exercer cargos públicos nem participar
da Assembléia Curial.
· Escravos - eram, em sua
maioria, prisioneiros de guerra. Trabalhavam nas mais diversas atividades como,
serviços domésticos e trabalhos agrícolas. Desempenhavam funções de capatazes,
professores, artesãos etc. O escravo era considerado bem material,
propriedade do senhor, que tinha
de castiga-lo, vendê-lo, alugar seus serviços, decidir
sobre sua vida ou morte.
PASSAGEM PARA A
REPÚBLICA
Apesar dos progressos que Roma
vinha alcançando com a Monarquia, no reinado de
Tranquínio as famílias romanas
poderosas (os patrícios) ficaram insatisfeitas com as medidas adotadas por esse
rei etrusco em favor dos plebeus. Para controlar diretamente o poder em Roma,
os patrícios, que formavam o Senado, rebelaram-se contra o rei, expulsando-o e
estabelecendo uma nova organização política: a República.
REPÚBLICA
NOVAS
INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E EXPANSÃO MILITAR
Com a instalação da República os
patrícios organizaram uma estrutura social e administrativa que lhes dava o
direito de exercer domínio sobre Roma e desfrutar os privilégios do poder. Os
patrícios controlavam quase a totalidade dos altos cargos da República. Esses
cargos eram exercidos por dois cônsules e outros importantes magistrados. Na
chefia da República, os cônsules eram auxiliados pelo Senado, composto por 300
destacados cidadãos romanos. Havia, ainda, a Assembléia dos cidadãos, manobrada
pelos ricos patrícios.
CONFLITOS ENTRE
PATRÍCIOS E PLEBEUS
Embora os plebeus constituíssem a
maioria da população, eles não tinham direito de
participar das decisões
políticas. Tinham deveres a cumprir: lutar no exército, pagar impostos etc. A
segurança de Roma dependia de um exército forte e numeroso. Os plebeus eram indispensáveis
na formação do exército, uma vez que constituíam a maior parte da população. Conscientes
disso e cansados de tanta exploração os plebeus recusaram-se a servir o
exército, o que representou duro golpe na estrutura militar de Roma. Iniciaram
lutas para conquistar direitos, como o de participar das decisões políticas,
exercer cargos da magistratura ou casar-se com patrícios.
CONQUISTAS DA
PLEBE
Para retomar o serviço militar,
os plebeus fizeram várias exigências aos patrícios e
conquistaram direitos. Entre eles
encontrava-se a criação de um comércio da plebe, presidido por um tribuno da
plebe. A pessoa do tribuno da plebe seria inviolável *. Ela teria também
poderes especiais para cancelar quaisquer decisões do governo que prejudicassem
os interesses da plebe. Outras importantes conquistas obtidas pela plebe foram:
· Leis das Doze Tábuas (450
a.C.) - juízes especiais (decênviros) decretariam leis escritas válidas
para patrícios, o código escrito para dar as normas, evitando arbitrariedades;
· Lei canuléia (445 a.C.) -
autoriza o casamento entre patrícios e plebeus. Mas na prática só os plebeus
ricos conseguiam casar-se com patrícios;
· Eleição dos magistrados
plebeus (362 a.C.) - os plebeus lentamente conseguiram ter
acesso a diversas magistraturas
romanas. Em 336 a.C., elegeu-se o primeiro cônsul, que
era a mais alta magistratura;
· Proibição da escravidão por
dívida - por volta de 336 a.C. foi decretada uma lei que
proibia a escravidão de romanos
por dívidas (muitos plebeus haviam se tornado escravos dos patrícios por causa
de dívidas). Em 326 a.C., a escravidão dos romanos foi definitivamente abolida.
REVOLTA DOS
ESCRAVOS
Na República ocorreram também
revoltas escravas. Inconformados com a exploração a que eram submetidos, os
escravos organizaram várias revoltas contra as classes dominantes. Entre 136 e 132
a.C., saquearam a Sicília. Mais tarde, em 72 a.C., quase 80 mil escravos, sob a
liderança de Espártaco, organizaram um forte exército, que ameaçou o poder de
Roma durante quase dois anos. Só em 71 a C., uma força de exército romano, sob
o comando de Licíno Crasso, conseguiu vencer o exército de escravos liderado
por Espártaco. Após essa vitória, a repressão romana aos escravos rebeldes foi
extremamente dura, para servir de exemplo a todos. Mais de seis mil seguidores
de Espártaco foram presos e crucificados em diversos locais das estradas
romanas. Espártaco, porém, parece ter sido morto em batalha.
CONQUISTAS
MILITARES E EXPANSÃO TERRITORIAL
A luta política entre patrícios e
plebeus não chegou a desestabilizar o poder republicano.
Prova disso é que a República
romana expandiu notavelmente seu território através de várias conquistas militares.
As primeiras evidências da expansão militar consistiam no domínio completo da
península itálica. Mais tarde tiveram início as guerras contra Cartago (cidade
no norte da África), conhecidas como Guerras Púnicas*. Posteriormente veio a
expansão pelo mundo antigo.
· Guerras Púnicas (264 - 146
a.C.) - a principal causa das guerras de Roma contra Catargo foi a disputa
pelo controle do Mediterrâneo, quando os romanos completaram o processo de conquista
da península Itálica. Catargo era uma próspera cidade comercial, que possuía
colônia no norte da África, na Silícia, na Sardenha e na Córsega. Era,
portanto, uma forte corrente dos romanos. Para impor sua hegemonia comercial e
militar nas regiões do Mediterrâneo, os romanos precisavam derrotar Catargo. Após
batalhas violentas, desgastantes e com duras perdas, os romanos conseguiram
arrasar Catargo em 146 a C.
· Expansão pelo mundo antigo -
eliminada a rival (Cartago), os romanos abriram caminhos para a dominação das
regiões do Mediterrâneo ocidental (península Ibérica, Gália) e oriental (Macedônia,
Grécia, Ásia Menor). O mar Mediterrâneo foi inteiramente controlado pelos romanos,
que o chamavam de mare nostrum ("nosso mar").
CONSEQÜÊNCIAS
DAS CONQUISTAS MILITARES
As conquistas militares acabaram
levando à Roma as riquezas dos países dominados. O estilo de vida romana, antes
simples e modesto, evoluiu em direção ao luxuoso, ao requintado, ao exército. A
elevação do padrão e do estilo de vida romano refletia-se nas construções, que
eram privilégios de uma minoria de patrícios e plebeus ricos. No plano
cultural, as conquistas militares colocaram em contato com a cultura de outras civilizações.
Nesse estilo, deve-se destacar a grande influência dos gregos sobre os romanos.
A sociedade também sofreu transformações. Os ricos, nobres romanos, em geral
pertencentes ao Senado, tornam-se donos de grandes latifúndios, que eram
cultivados pelos escravos. Obrigados a servir no exército romano, muitos
plebeus regressaram à Itália de tal modo empobrecidos que, para sobreviver,
passaram a vender seus bens. Sem terras, inúmeros camponeses plebeus emigraram
para a cidade, engrossando a massa de desocupados, pobres e famintos.
CRISE E FIM DA
REPÚBLICA
O aumento da massa de plebeus
pobres e miseráveis tornava cada vez mais tensa a situação social e política de
Roma. A sociedade dividia-se em dois grandes pólos. De um lado, o povo e seus líderes,
que reiniciavam reformas sociais urgentes. De outro, a nobreza, formada por
comerciantes abastados e grandes proprietários rurais.
A REFORMA DOS
GRACO
Diante do clima de tensão, os
irmãos Tibérios e Caio Graco, que eram tribunos da plebe, tentaram promover uma
reforma social (133 - 132 a.C.) para melhorar as condições de vida da
massa plebéia. Entre outras
medidas, propuseram a distribuição de terras entre os camponeses plebeus e
limitações ao crescimento de latifúndios. Sofreram então forte oposição do
Senado romano. Acabaram sendo assassinados a mando dos nobres, que se sentiram
ameaçados pelo apoio popular que os irmãos vinham recebendo. Fracassadas as
reformas sociais dos irmãos Graco, a política, a economia e a sociedade romanas
entraram num período de grande instabilidade.
A TRANSIÇÃO PARA
O IMPÉRIO
Com o agravamento da crise,
tradicionais instituições foram questionadas, e um clima de desordem e agitação
foi tomando conta da vida das cidades. Diversos chefes militares entraram, sucessivamente,
em luta pelo poder, marcando o processo de transição para o império. Entre os principais
acontecimentos desse processo destacam-se:
· Em 107 a.C., o general Caio
Mário tornou-se cônsul. Reformou o exército instituindo o pagamento de salário
(soldo) para os soldados.
· Em 82 a.C., o general Cornélio
Sila, representando a nobreza, derrotou Caio Mário e
instituiu um governo ditatorial.
Em 79 a.C., Sila foi forçado a deixar o poder devido ao
seu estilo antipopular de
governo, pois a situação social estava incontrolável.
· Em 60 a.C., estabeleceu-se o
Primeiro Triunvirato*, formado por Pompeu, Crasso e
Júlio César, para governar Roma.
Pouco tempo depois de assumir o poder, Crasso foi
assassinado. Surgiu, então, séria
rivalidade entre Pompeu e Júlio César. César saiu vitorioso e tornou-se ditador
supremo de Roma. Promoveu, durante seu governo,
diversas reformas sociais para
controlar a situação. Em 44 a.C. foi assassinado por uma
conspiração organizada por
membros do Senado.
· Em 43 a.C., estabeleceu-se o
Segundo Triunvirato, composto por Marco Antônio,
Otávio e Lépido. O poder foi
dividido em três: Lépido ficou com os territórios
Africanos, mas depois foi forçado
a retirar-se da política; Otávio responsável pelos
territórios ocidentais; e Marco
Antônio assumiu o controle dos territórios do oriente.
Surgiu imensa rivalidade entre
Otávio e Marco Antônio, que se apaixonara pela rainha
Cleópatra, do Egito. Declarando
ao Senado que Marco Antônio pretendia formar um
império no oriente, Otávio
conseguiu o apoio dos romanos para derrotá-lo. Assim,
tornou-se o grande senhor de
Roma.
IMPÉRIO
APOGEU E QUEDA
DE ROMA
A partir de 27 a.C., Otávio foi
acumulando poderes e títulos, entre eles o de Augusto* e o de Imperador. Otávio
Augusto tornou-se, na prática, rei absoluto de Roma. Mas, assumiu oficialmente
o título de rei e permitiu que as instituições republicanas (Senado, Comício
Centurial e Tribal etc) continuassem existindo na aparência.
ALTO IMPÉRIO (27
a.C. - 235 d.C.)
O Alto Império foi a fase de
maior esplendor desse período. Durante o longo governo de Otávio Augusto (27
a.C. - 14 a.C.), uma série de reformas sociais e administrativas foram
realizadas. Roma ganhou em prosperidade econômica. O exército foi ainda mais
profissionalizado. O imenso império passou a desfrutar um período de paz e
segurança,
conhecido com Pax Romana. Após
a morte de Otávio Augusto, o trono romano foi ocupado por vários imperadores.
CRISE DO IMPÉRIO
O Baixo Império foi sendo
corroído por uma longa crise social, econômica e política. Entre os fatores que
contribuíram para essa crise, destacam-se:
· elevados gastos públicos para
sustentar a imensa estrutura do exército e da burocracia
administrativa;
· crescimento do número de
miseráveis entre a plebe, os comerciantes e os camponeses;
· desordens sociais e políticas
provocadas por rebeliões tanto das massas internas quanto
dos povos submetidos. Agravando
ainda mais essa situação social e econômica, os romanos tiveram que enfrentar a
pressão dos povos bárbaros* que invadiram suas fronteiras. Além disso, Roma
havia incorporado muitos bárbaros a seu exército como mercenários*. Chegou um
momento em que os romanos perceberam que os soldados encarregados de defender
Roma vinham dos próprios povos contra os quais eles (romanos) combatiam.
DIVISÃO DO
IMPÉRIO
Com a morte de Teodósio, em 395
d.C., o grande Império Romano foi dividido em Império Romano do Ocidente, com
sede em Roma; e Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla. A
finalidade dessa divisão era fortalecer cada uma das partes do império para
vencer a ameaça das invasões bárbaras. Entretanto, o Império Romano do Ocidente
não teve organização interna para resistir aos sucessivos ataques desses povos.
Em 476 d.C., o último imperador de Roma, Rômulo Augusto, foi disposto por
Odoacro, rei de Hérculos, um dos povos bárbaros. Quanto ao Império Romano do
Oriente, embora com transformações, sobreviveu até 1453, ano em que os turcos conquistaram
Constantinopla.
PRODUÇÃO
ECONÔMICA
A FORÇA ESCRAVA
NA CONSTRUÇÃO DO GRANDE IMPÉRIO
Da mesma maneira em que na
Grécia, em Roma predominou o modo de produção escravista. O escravismo
desenvolveu-se em Roma principalmente a partir da República, pois, com a expansão
militar, grande parte dos prisioneiros foi transformada em escravos. O escravo
realizava inúmeros trabalhos nos mais diversos setores da economia,
agricultura, artesanato, comércio, minas, pedreiras e serviços especializados,
como o de músico, professor etc. Assim, o cidadão, senhor dos escravos, ficava
com tempo livre para as atividades administrativas, a diversão e o descanso
(ócio).
HERANÇA CULTURAL
ROMANA
CULTURA ROMANA
Assimilação e
aperfeiçoamento de elementos culturais
Com as conquistas militares, os
romanos entraram em contato com diversos povos, dos quais absorveram e
desenvolveram muitos elementos culturais, principalmente dos gregos. O poeta romano
Horácio (65 - 8 a.C.) lembrava: Vencidas pelas armas, a Grécia acabou
conquistando seu rude vendedor.
Os romanos deixaram belíssimas
obras arquitetônicas. Foram responsáveis pela difusão do cristianismo e pelo
surgimento de idiomas derivados do latim. Deles herdamos a concepção fundamental
do direito e textos clássicos de poetas e escritores.
DIREITO E ARTES
Direito
O direito é uma das grandes
contribuições legadas pelos romanos à civilização ocidental. Desenvolveu-se em
Roma, pois uma das preocupações básicas do Estado era regular, por meios de normas
jurídicas, o comportamento social de numerosas populações do império. Podemos
dividir o direito romano em dois ramos fundamentais: direito público (ius
publicum), que se referia às relações jurídicas em que o estado atua
como parte, e direito privado (ius privatum), que se referia às relações
jurídicas entre particulares.
Artes
Na grande produção artística de
Roma destacam-se as áreas de literatura, arquitetura e
escultura.
· Literatura - destacam-se
os escritores e poetas como Virgílio (Eneida), Horácio,
Ovídio, Cícero, Catulo e o historiador
Tito Lívio.
PÃO E CIRCO
Formas de
controlar a tensão popular
Roma foi uma das maiores cidades
do mundo antigo. No século II, ela contava com cerca de 1.200.000 habitantes. Para
manter sob controle essa grande massa populacional, constituída por muitos desocupados
que viviam pelas ruas, as autoridades romanas distribuíram alimentos
periodicamente (o pão) e promoviam diversos espetáculos públicos (o circo).
Assim, "pão e circo" era a fórmula utilizada para controlar o povo.
Eram tantas as festas e espetáculos que o calendário romano chegou a ter 175
feriados por ano.
Os gladiadores
fazem o espetáculo
Entre os espetáculos mais
populares estava as lutas contra animais ferozes e os combatentes entre
gladiadores.
Os gladiadores eram, normalmente,
escravos ou prisioneiros de guerra treinados em escolas especiais de lutas (ludus
gladiatourius). No final de cada luta, vários escravos limpavam a arena,
recolhendo os cadáveres com ganchos. Um dos anfiteatros mais utilizados para
esses espetáculos violentos foi o Coliseu, que tinha capacidade para abrigar
quase 90 mil espectadores.
RELIGIÃO
Do politeísmo ao
deus único
Os romanos eram politeístas,
adoravam uma grande quantidade de deuses. Assimilaram dos gregos uma série de
divindades que, exceto Apolo, foram rebatizadas com nomes latinos. Interpretando
a vontade dos deuses, os sacerdotes apontavam o que era lícito, em termos de comportamento
público. Essa interpretação, porém, era manipulada ao sabor dos interesses das classes
dominantes. A religião era um dos fundamentos do Estado romano, sendo utilizada
em termos políticos. No período imperial, passou-se a venerar a figura do
imperador, que depois da morte ocupava lugar entre os deuses tradicionais
(apoteose).
Cristianismo
Durante o reinado do imperador Augusto
(27 a.C. - 14 d.C.), nasceu na província romana de Belém, na Galiléia, Jesus
Cristo. Ao completar 30 anos, Jesus percorreu a Palestina, pregando ao povo uma
nova doutrina religiosa – o cristianismo – que se baseava na crença no deus
único. Anunciou que era o messias, enviado por Deus.
Depois da morte de Jesus, sua
doutrina foi, aos poucos, sendo difundida pelo Império Romano através da
pregação de seus discípulos. Era uma doutrina que, devido à sua mensagem de
esperança na vida eterna, alcançava grande aceitação entre as camadas pobres e
de escravos da sociedade.
O martírio dos
cristãos
Durante o governo de Nero (54
a.C. – 68 d.C.), tiveram início as primeiras perseguições aos cristãos. Essas
perseguições perduraram, de forma intermitente, até o governo de Diocleciano,
que promoveu a última e mais cruel delas (303 - 305). São muitas as causas que
explicavam o combate violento aos cristãos. Dentre elas, destacam-se:
· a oposição dos cristãos à
religião oficial de Roma, aos cultos pagãos tradicionais e ao
culto à pessoa do imperador
romano;
· a negação da religião oficial
implicava na oposição a diversas instituições romanas como, por exemplo, a
recusa a servir no exército pagão romano. A punição sangrenta aos cristãos era
aproveitada como um espetáculo trágico, que divertia os pagãos. Lançados numa
arena, os cristãos eram obrigados a enfrentar, desarmados, leões e outras feras.
O martírio dos cristãos tornou-se um espetáculo de grande atração pública.
O fim da
perseguição
Apesar dos anos de perseguição, o
cristianismo conseguiu sobreviver e conquistar um
número crescente de adeptos. Com
as crises socio-econômicas de Roma, que se intensificaram a partir do século
III, muitas pessoas das classes dominantes converteram-se ao cristianismo.
Paralelamente a esse processo, a perseguição aos cristãos foi tornando-se cada
vez mais branda. Em 313, o imperador Constantino, que se convertera ao
cristianismo, concedeu liberdade religiosa ao todo o Império Romano, através do
Egito de Milão. Assim, cristãos puderam construir suas igrejas e celebrar
publicamente seu culto. Posteriormente, em 391, o cristianismo tornou-se a
religião oficial de Roma e organizou-se a igreja Católica, que construiu
hierarquia tendo como
modelo a estrutura administrativa
do império.
Ainda não li o artigo todo mas comecei gostando já de início.
ResponderExcluirLerei com mais calma e recomendarei à muitos.
Parabéns
Ainda não li o artigo todo mas comecei gostando já de início.
ResponderExcluirLerei com mais calma e recomendarei à muitos.
Parabéns